O Belo na Arte Medieval
Texto de Noemi Bretas.
Arte Medieval
A partir da leitura de autores como Platão e Sócrates é possível afirmar que a arte medieval foi concebida de acordo com os padrões religiosos do Cristianismo, prevalecendo a arte figurativa ou representativa, podendo-se dizer que a arte na Idade Média reduziu-se quase ao simbólico e a “imagens figurativas”.
Para que essas imagens figurativas fossem aceitas teriam que passar pela aprovação da igreja que estabelecia suas características e finalidades. O belo na Arte Medieval não corresponde ao Belo da Arte Grega Clássica como vemos no exemplo abaixo.

[Arte grega] Estátua do corpo masculino realista, essa escultura compõe todas as regras de harmonia e proporções para retratar o corpo humano na sua forma natural e perfeita.
As representações não necessitavam ser fiéis aos acontecimentos, mas sim, colocar o apreciador em contato com algo que lembrasse situações que despertassem a sua piedade. Assim, a piedade não é despertada por uma cena vista, mas sim do que ela representa.
Podemos entender que a Mimese na arte se dá quando as imagens, que se encontram na memória do apreciador vêm à tona ao observar uma cena, em que estão reunidos elementos que caracterizam determinada ideia, atualizando essa memória e fazendo com que haja prazer nessa apreciação.
Conversas entre Teoria Platônica e o Belo na Arte Medieval
Platão parte de uma concepção idealista de arte. No universo Platônico a Beleza causava, antes de mais nada, enlevo, prazer arrebatamento, deleitação.
O belo no medieval é uma arte representativa e abrange aquilo que causa admiração. A palavra admirar significa “voltar o olhar na direção de; admiração é reação espontânea do homem (…)”.
Enquanto escritos sobre o Belo na Arte Medieval falam do belo como uma ação da imaginação, que se identifica com elementos sensíveis e intelectivos do homem, Platão apresenta o Belo a partir do mundo das essências, arquétipos e modelos ideais.

Arte medieval
Bibliografia
SUASSUNA, Ariano. Iniciação a Estética. 8º Ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2007, (p.p. 43-49)
LÓDE NUNES, Meire Aparecida; OLIVEIRA, Terezinha O Belo na Arte Medieval. IN: Anais da Jornada de Estudos Antigos e Medievais. Maringá 2013
http://corpopoietico.blogspot.com.br/2013/01/doriforo-c-450-440-c.html
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